6 de dezembro de 2008

Deputado alerta que o caso de Caxias abre um grave precedente das eleições eletrônicas no Brasil

Reportagem publicada dia 25 de novembro de 2008, no blog do Mário Carvalho.

Link da Matéria: http://colunas.imirante.com/mariocarvalho/

O líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), deputado Ricardo Murad (PMDB), anunciou hoje que encaminhará, à bancada federal do Maranhão, no Congresso Nacional, um pedido de representação para que seja apurada a possibilidade de fraude no sistema de votação eletrônica, no município de Caxias, nas eleições de outubro deste ano.

O fato que despertou a atenção do parlamentar foi a matéria veiculada, em âmbito nacional, na TV Bandeirantes, no programa Jornal da Band, informando a decisão da Polícia Federal de abrir inquérito para apurar a suspeita de fraude no pelito da cidade de Caxias.
Ricardo Murad disse que o caso de Caxias abre um precedente, no território nacional, para questionar a confiabilidade do moderno sistema de votação eletrônico do país. Ele destacou que técnicos da Universidade de São Paulo (USP), procurados por produtores da Rede Bandeirantes, atestaram a violação das urnas, depois de lacradas. “Toda a classe política deve pedir que a Justiça Eleitoral investigue a fundo esse caso”, recomendou.

Durante discurso, Murad também contestou as declarações da deputada Cleide Coutinho (PSDB), esposa do prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, que alegou o teor político da matéria. Ele fez crítica à postura do prefeito que, na sua avaliação, tenta igualar a motivação das denúncias com relação à sua gestão: perseguição política orquestrada por seu adversário, o ex-prefeito Paulo Marinho. “Primeiro foi a Globo, agora é a Band, amanhã pode ser a Record”, ressaltou o deputado.

Ricardo Murad disse ainda que em lugar de ser criticada, a atitude de Paulo Marinho deveria ser louvada, pois resultou na abertura de um inquérito pela Polícia Federal. “Não é mais uma denúncia de alguém que foi derrotado, é um processo de inquérito”, justificou.

Ele ressaltou a gravidade da notícia “que mexeu com todo o país”, ao ponto de a presidente do TRE do Maranhão, desembargadora Cleonice Freire, e o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Brito, preferirem se acautelar e não falar sobre o assunto.

Com informações da Assembléia Legislativa

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