23 de outubro de 2011

Afinal, dá pra confiar na urna eletrônica sem possibilidade de recontar os votos?

Urna Eletrônica Paraguai 2003O julgamento do STF nesta quarta-feira que proibiu o uso de impressoras acopladas às urnas eletrônicas devolveu o país a um velho dilema: dá para confiar num sistema de votação 100% eletrônico?

A ideia de fazer um registro impresso do voto era aumentar a confiabilidade. Hoje, o eleitor digita o número de seu candidato e confia que a urna registrou tudo certo. E confia que a soma dos votos representa realmente o que foi a vontade popular.

No entanto, não há como provar que os votos foram realmente aqueles. Não é possível fazer uma recontagem de votos, como ocorria no papel. Por isso tanta gente pede que haja um "sistema independente de software" para fazer a verificação.

O professor Amílcar Brunazo, uma espécie de ativista do voto impresso, diz que o Brasil saiu na frente com a urna eletrônica. E agora está ficando para trás.

"Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Venezuela, Argentina. Todo mundo já está usando equipamentos de segunda geração, que permitem a recontagem", diz.

Alguns dos argumentos que o STF usou para derrubar a lei do voto impresso são bem pouco críveis. Como, por exemplo, o temor de que um técnico tenha que entrar na cabine para destravar uma impressora e veja o último voto dado. Seria só um voto. "E era só inventar uma tampa que não permitisse a visualização", diz Brunazo.

O STF também usou no julgamento dados que escapam à discussão jurídica do problema. Disse, por exemplo, que o sistema traria mais custos. Mas desde quando isso tem a ver com a constitucionalidade, que os ministros deveriam estar analisando?

O argumento mais razoável usado foi o de que alguém poderia tirar uma foto do voto impresso e mostrar para alguém, como "recibo" de um voto comprado. (O voto impresso nunca seria tocado por ninguém. Depois da conferência visual, cairia automaticamente na urna")

Mas para isso bastaria impedir que se entrasse com equipamentos fotográficos na cabine, não? E, além, disso, a obrigação de coibir compra de votos existe em qualquer sistema.

E você, o que acha? Confia na urna eletrônica?

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/caixazero/?id=1182824

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