Este é o segundo artigo sobre a participação do poder legislativo na discussão sobre o voto eletrônico.
Veja Artigo 1 - Comissão Permanente de Constituição e Justiça e Cidadania.
No texto de hoje iremos discorrer sobre um passo muito importante na história da luta pela segurança no processo eleitoral – a audiência pública, realizada dia 29 mar 2007, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, onde foi debatido o tema “A Segurança do Processo Eletrônico de Votação no Brasil”.
Tudo começou quando o Deputado Maurício Quintella Lessa (PR/AL) solicitou à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados uma audiência pública buscando debater a segurança do processo eletrônico de votação no Brasil. Justificando seu requerimento, ele escreveu:
“Ninguém quer voltar ao passado, ao voto manual. Queremos procurar identificar as falhas do processo, e obviamente, a partir dessa identificação, tentar aqui, na condição de membros do Congresso Nacional, melhorar a legislação, os programas, os sistemas de fiscalização.”
A audiência pública contou com a participação do professor da Divisão de Ciência da Computação do Instituto tecnológico da Aeronáutica (ITA), Sr. Clóvis Torres Fernandes e do engenheiro Amílcar Brunazo Filho, representante do Fórum Voto Eletrônico. Havia sido convidado também o Doutor Carlos Velloso, ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal, que não pôde comparecer e justificou previamente sua ausência. Nesta audiência pública, se desenvolveram acalorados debates sobre o tema, principalmente quando foram discutidas as suspeitas de fraude eleitoral ocorridas nas Eleições Gerais 2006 no estado do Alagoas.
Durante as discussões da audiência pública, o deputado Magela (PT/DF) informou sobre a necessidade de se criar uma Subcomissão Especial, dentro da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, destinada a discutir o voto eletrônico e as possíveis formas de aprimora-lo.
Assim, em 10 de abril de 2007, foi instituída a Subcomissão Especial de Segurança do Voto Eletrônico, com o objetivo de:
- estudar o processo de coleta eletrônica do voto nas eleições brasileiras, em especial nos quesitos segurança na identificação do eleitor, na recepção do voto, na transferência dos dados e informações e na totalização dos votos, dentre outros;
- conhecer e estudar as experiências de outros países no tocante à eleição eletrônica, em especial nos quesitos segurança, controle e transparência do processo, dentre outros;
- conhecer e analisar as formas de acesso e controle dos partidos políticos e da sociedade sobre os programas e informações do processo eleitoral eletrônico brasileiro; e,
- analisar a legislação eleitoral brasileira e, se for o caso, propor alterações.
A Subcomissão foi presidida pelo Deputado Magela (PT/DF) e teve como relator o Deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB), além de ser composta pelos titulares Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), Maurício Quintella Lessa (PR/AL), Paulo Maluf (PP/SP), Sérgio Brito (PDT/BA), Humberto Souto (PPS/MG), Francisco Tenório (PMN/AL) e Wolney Queiroz (PDT/PE).
No próximo artigo iremos comentar sobre as reuniões ordinárias da Subcomissão Especial de Segurança do Voto Eletrônico e as principais conclusões obtidas.
Saiba mais sobre o assunto:
- Artigo 1 - Comissão Permanente de Constituição e Justiça e Cidadania
- Artigo 3 - Reuniões da Subcomissão Especial
- Nota de esclarecimento da Microbase
- As urnas eletrônicas encalharam no Paraguai
- TRE apura denúncia de fraude em Minador do Negrão (AL)
- Alagoas é campeã de fraude eleitoral no país
Achou interessante? Compartilhe! : |
Gostou deste artigo? Então, não se esqueça de comentar. Se tiver interesse, cadastre-se para receber gratuitamente as postagens por e-mail ou assine nosso RSS Feed.
0 comentários:
Postar um comentário
Gostou do que encontrou aqui?
Então fique à vontade para fazer seu comentário. E não se esqueça de recomendar aos amigos.
Seja bem-vindo e obrigado pela visita!
A moderação está habilitada, assim, seu comentário só será publicado após aprovação do Administrador.