O deputado federal João Herrmann Neto faleceu aos 63 anos na madrugada do dia 12 de abril de 2009. O parlamentar foi encontrado morto por familiares na piscina de sua fazenda, em Presidente Alves (397 km de São Paulo), onde passava o fim de semana prolongado. Segundo o diretor do IML (Instituto Médico Legal) de Bauru, Ivan Edson Rodrigues Segura, o deputado morreu vítima de um edema pulmonar agudo, causado pela hipertensão arterial. De acordo com o especialista, foi uma "morte de causa natural".
João Herrmann Neto era engenheiro agrônomo e foi prefeito de Piracicaba entre 1977 e 1982. O parlamentar ocupava atualmente o quinto mandato como deputado federal.
Sempre polêmico, João Herrmann Neto foi um dos mais atuantes líderes de esquerda dos movimentos de resistência na ditadura militar. Ele era do grupo de Ulysses Guimarães no antigo MDB, e depois no PMDB. É lembrado pelo presidente do PPS, Roberto Freire (PE), com quem protagonizou uma árdua disputa interna no partido, como um combatente na luta de resistência, sempre militando em partidos do campo democrático.
O deputado era integrante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, observador da ONU e opositor ao atual sistema brasileiro de votação. Sua posição ficou clara em setembro de 2002, quando entregou uma carta ao Residente Representativo da ONU Dr. Valter Franco, pedindo o envio de observadores estrangeiros ao Brasil para acompanhar as eleições presidenciais que aconteceriam em outubro.
Em entrevista ao Jornal do Brasil, no dia 09 de setembro de 2002, Hermann acusou:
"A eleição transformou-se em um processo semelhante ao programa Big Brother Brasil, com a presença de um olho enorme sobre a sociedade brasileira, que influi na tomada de decisão dos eleitores. Está havendo um flagrante desrespeito à vontade do cidadão".
O falecimento do deputado João Herrmann Neto foi tema de reportagens na TV Câmara e na Band News.
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